Adeus
Ar dolente em alva fria.
Os barcos singram as águas num despertar
Em uma manhã de partida.
Uma mulher se foi mesmo antes de Sê-la no calor dos meus braços.
Agora seu vasto universo penetrou pelas portas
Que se fecham para o esquecimento.
Sinto essa manhã mais uma vez
E percebo que mais uma intensa noite não sonhei.
A obstinação da insônia persistiu no abandono e nostalgia.
Uma mulher me disse adeus no mesmo porto
Onde as águas bifurcam nossos destinos.
Apossado de silêncio acenei-lhe adeus…
Adalid
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